Continua acesa a polémica em torno do testamento de Marco Paulo, falecido no passado dia 24 de outubro,

após uma longa batalha contra o cancro. As últimas vontades do cantor – que tanto têm dado que falar -foram redigidas e lidas em voz alta na sua propriedade, a Quinta da Serra, no Alto do Forte,

em Rio de Mouro, arredores de Mem Martins, concelho de Sintra, no dia 29 de novembro de 2009, quase 15 anos antes do seu falecimento, e não semanas antes da partida do artista.

Só que esse testamento – que dava como certo apenas dois herdeiros universais: o afilhado e o compadre, Marco António [Marquinho] e António Coelho, respetivamente, foi revogado por um outro documento de 2023. E é esse, por ser mais recente, que é considerado válido. Nesse testamento, aparece mais um herdeiro: Eduardo Ferreira, o bombeiro de Braga, que fica com 10 por cento da herança de Marco Paulo. Os restantes 90 por cento são divididos em partes iguais pelo afilhado e pelo compadre.

A família de sangue, irmãos e sobrinhos, fica de fora. Quer isto dizer que não tem qualquer acesso à herança. Mas também Laurinda foi esquecida pelo artista quando redigiu as suas últimas vontades. Quem é Laurinda? É a fiel funcionária de Marco Paulo.

Segundo Duarte Siopa, apresentador da CMTV, Laurinda foi a mulher que durante 30 anos “lhe dedicou a vida“. “Ninguém contava com isto. Toda a gente sabia da existência do Eduardo, mas ninguém contava que entrasse no testamento. Não tinha lógica. Havia tantas pessoas amigas, olha a Cinha […]. Ninguém contava que aparecesse um amigo em Braga que fosse contemplado com 10 por cento“, opina Siopa.

O apresentador da CMTV deixou ainda um reparo: “Acho que o Marco Paulo falhou. Fez muito bem em deixar ao Toni e ao Marquinho […]. Ao deixar a este amigo, há uma mulher, de trinta anos, que lhe dedicou a vida [Laurinda]. Ou ficava para o Toni e Marquinho e não havia mais ninguém, e era justo, havendo este Eduardo agora, devia se ter pensado noutras pessoas“.