A março de 2024, Kate Middleton foi diagnosticada com um tumor cancerígeno que a obrigou a fazer quimioterapia preventiva,
tratamento que terminou em setembro do ano passado. Para a Princesa de Gales, o ano de 2025 trouxe esperança com o anúncio de que o cancro estava em remissão.
O que significa o cancro estar em remissão?
Quando o cancro está em remissão “significa que o tamanho inicial do tumor foi reduzido”,
explicou o médico espanhol Rúben Ventura à Vanitatis, acrescentando que, quando tal se verifica, quer dizer que “o tratamento está a funcionar”.
Segundo o especialista, a “remissão pode ser completa (não foram detetadas células tumorais) ou parcial (redução da massa tumoral em pelo menos 30%)”.
Sobre o caso de Kate Middleton, Elisabeth Arrojo, médica especialista em oncologia, refere que parece que a Princesa de Gales “foi primeiro submetida a uma cirurgia e depois a um tratamento de quimioterapia preventiva”. A médica clarificou que para se ter optado pela quimioterapia preventiva significa que “na cirurgia, a priori, retiraram todo o tumor que é visível. Mas quando o tumor é relativamente grande ou está a infiltrar-se nos gânglios linfáticos, o que também pode ser o caso de Middleton, existe o risco de existirem células microscópicas que não são vistas pelo cirurgião e que podem ficar escondidas nessa zona. É nessa altura que é feito um tratamento preventivo de quimioterapia, para eliminar essas células microscópicas”.
Elisabeth Arrojo indicou que para Kate Middleton ter revelado a remissão do cancro é porque no mais recente exame de controlo nada de anómalo foi observado.
“Quando falamos de remissão, significa que se cumpriu o que estava programado para o tratamento do tumor em questão. Ou seja, se o tratamento de um tumor requer uma cirurgia e depois uma quimioterapia complementar para evitar o risco de recaída, então esse tratamento foi concluído. Depois disso, se forem efetuados exames de imagem e se verificar que não há doença, fala-se de remissão e o doente passa a fazer controlos regulares”, esclareceu o médico Elías López Jiménez à Vanitatis.
A remissão do cancro evidencia o controlo da doença, mas nem sempre significa, necessariamente, que a doença desapareceu completamente, pelo que a monitorização continua a ser muito importante.
Regresso à vida normal
Caso a remissão do cancro seja total, Kate Middleton “poderá começar a retomar as suas atividades, sempre seguindo o cronograma de check-up”, indica o especialista Rúben Ventura. Mas se tiver sido apenas parcial, a Princesa de Gales “terá que continuar com o tratamento”.
Para ambas as situações, os exames regulares não são dispensáveis: “Inicialmente mais frequentes e pouco a pouco mais espaçados no tempo, para avaliar se o cancro não reaparece ou progride. Dependendo do tipo de tumor, existem tratamentos de manutenção para evitar possíveis recaídas da doença”, acrescenta Ventura.
A especialista Elisabeth diz que Kate deve “levar uma vida saudável, praticar desporto e cuidar da sua alimentação”. O médico Jiménez alerta que o regresso à vida normal depende da recuperação de cada pessoa: “Se um doente tiver terminado o tratamento e o tiver tolerado muito bem, pode voltar à vida normal em dois ou três meses, ou mesmo num mês. Outros doentes, porém, ficam com sequelas após o tratamento. Podem não ser capazes de viver as suas vidas exatamente da mesma forma que viviam antes. Dependerá da tolerância aos tratamentos recebidos”.